domingo, 30 de novembro de 2008

Itália aprova imposto sobre a Pornografia

O ministro das finanças Giulio Tremonti fez aprovar no parlamento um novo imposto que vai taxar a pornografia Hardcore. Esta medida visa essencialmente as revistas, DVD's e produtos para adultos.

Este imposto tem o valor de 25% e é taxado cumulativamente ao IVA já taxado. Ou seja, todos os artigos serão taxados duas vezes. Esta é mesmo uma medida desesperada do governo de Roma de encaixar dinheiro para fazer face à crise.

Eu acho mal. Os produtos adultos já pagam a taxa máxima de IVA e assim ficam duplamente taxados. Graças ao canal Internet e à livre transacção de bens dentro da comunidade europeia, não tarda a que os consumidores italianos comecem a importar da europa os produtos. Descapitalizando a indústria pornográfica Italiana.

Mas para mim a cereja no cimo do bolo foi o nome que o ministro italiano carinhosamente deu a esta medida: Imposto Ético.

Um dos governos reconhecidamente como sendo um dos mais corrupros do mundo, utilizar assim livremente a palavra "Ética" é, no mínimo, hilariante.

Enfim...

Fonte:
BBC: http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/4529574.stm

sábado, 29 de novembro de 2008

Projectos: Online and mobile game

Pois. Um pouco inspirado pelo speech do Dr. Jeffrey Cole (que pode ser visto aqui), comecei a trabalhar num projecto pessoal. É uma coisa que já à muito que anda aqui na gaveta e agora tenho a motivação certa para andar com o projecto para a frente.

A ideia é fazer um jogo online, com um interface simplista (ou minimalista :P) que possa ser acessível por um browser num telemóvel. E o gameplay pode ser efectuado por direct messaging (Gtalk, MSN, SMS, etc).

Já tenho as coisas a começar a desenrolar. Preciso de voluntários para me ajudar a testar, e afinar as ideias. Alguém interessado?

O Twitter é o novo canal de divulgação dos Freelancers

Fala-se e escreve-se por essa Internet fora sobre todo o tipo de utilizações para o Twitter. O passarinho está para ficar. E todos os dias se encontram novas utilizações para um serviço que na sua essência, é muito simples. Basicamente é um sítio onde se colocam mensagens curtas e se podem interligar com mensagens de outros. Mas este artigo não é sobre o funcionamento geral do Twitter. É, sobre uma utilização que tenho vindo a acompanhar (e usar) desde há algum tempo.

O mercado dos freelancers mudou-se quase por inteiro para o twitter. Mais e mais freelancers juntam-se no twitters para trocar experiências, mágoas e trabalhas. Há inclusivé canais de anúncios de oportunidades para freelancers. Na verdade, esta é a tónica dominante face ao mercado. As empresas voltam-se cada vez mais para freelancers. E, acima de tudo, mais e mais profissionais viram-se para uma actividade liberal como freelancer.

Cortam-se os custos, radicalmente. Trabalhando a partir de casa temos menos gastos. Não há transportes, não há refeições fora.

Eu acredito numa explosão do twitter como serviço direccionado aos freelancers. Bem como o aparecimento de um conjunto grande de ferramentas para servir esta nova franja dos utilizadores da Internet. Falta regulamentação, obviamente, da actividade. Mas acredito também que o mercado se irá encarregar de regulamentar e auto-defender. Para já, o twitter apresenta-se como mais um canal. Sempre disponível. A todas as horas e em todos os fusos horários do mundo.

Espero bem que se construeam as condições necessárias para que este tipo de empreendorismo subsista como uma forma de vida comum. A economia precisa de freelancers, principalmente numa altura de crise e recessão. Cá vamos estando nós, os freelancers.

Para ver com atenção e pensar

Este senhor é um dos oradores mais dotados do mundo. Mas o seu maior trunfo é confirmação da informação. Ele tem uma equipa de 2000 pessoas em 30 países (ou seja, 60.000 pessoas) a monitorizar os media e a registar a sua "mutação". Este senhor sabe exactamente o que diz e tudo o que diz, tem uma resma de estudos que confirmam tudo ponto por ponto. São 30 minutos imperdíveis.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A justiça social

A pedido da pessoa em causa, vou retirar este artigo do ar. Peço desculpa pelo facto. Eu faço já outro post.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Guest Post no Certamente

O Paulo Querido convidou-me a escrever um artigo no seu blog Certamente que sim! Veja e comente em: http://pauloquerido.net/tecnologia/o-twitter-como-o-barometro-de-conteudo/

A abstenção em Portugal

Chegados que estamos à pré-campanha, chega também um periodo de reflexão. Ano após ano, mais Portugueses se recusam a ir até às urnas votar. E vemos que, de facto, pouco se faz em relação a isso. Pouco se diz como se de um obscuro tabu se tratasse. Um segredo guardado a sete chaves e que ninguém ousa sequer tentar descobrir.

A verdade é que, na minha humilde opinião, a abstenção existe e é fomentada pelos grande grupos políticos. Deixe-me repetir: É DO INTERESSE DOS PARTIDOS QUE HAJA ABSTENÇÃO!

Eu passo a explicar o meu ponto de vista. É um facto notório que a classe política está em total e completo descrédito. Mas, poucas são as figuras que saem de cena e menos as novas que sobem ao palco. Os lugares estão politizados e cuidadosamente distribuídos e contabilizados. As linhas hierarquicas estão estabelecidas e o senhor que se segue é conhecido muito antes de ser de facto necessário.


Mas o que isto tem a ver com a abstenção?

Tem tudo! Se as pessoas não estão contentes com os políticos. Se ninguém confia. Se ninguém acredita, seria normal que muitos independentes surgissem e que conseguissem ter resultados visíveis nas eleições. Mas a verdade é que isso não acontece. A abstenção protege disso. Limitando o número de votantes mais facilmente se limita a distribuição dos votos. Se conseguíssemos controlar a população votante ao Caldas, Rato, São Caetano (e mais dois ou três sítios), tudo seria mais simples para os políticos. Funciona um pouco como a Grécia antiga, onde muitas pessoas viviam mas apenas um grupo muito limitado tinha poder de voto.

Então, a moral é continuamente mantida baixa. O sentimento de impotência é perpetuado. Todos falam mal mas não exercem aquilo que de mais valioso possuem: o direito, perdão, o previlégio do voto. E assim vamos, no nosso Portugal.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Porque no te calhas Mujer?

Onde é que está o Rei de Espanha quando precisamos dele? De facto é que começamos a sentir saudades da época que a actual Presidente do Partido Social Democrata se vetava ao silêncio. Não se conheciam as opinião por um lado, e por outro, não se conheciam as opiniões.

Estará o PSD completamente desprovido de liderança? Em conversa com um amigo, ele descrevia-me a sua visão da Manuela Ferreira Leite da seguinte forma:

"É como uma empregada de limpeza velhinha que está sempre a partir loiça. É muito boa senhora e esforçada, mas não a queremos perto do serviço Vista Alegre."

A verdade é que a oposição não se faz de enganos nem de erros. Uma BOA oposição faz-se de ideias concretas. De frases feitas e ideias no lugar. É preciso ter essa disponibilidade. É preciso abraçar essa causa de corpo e alma. Fazer com que cada palavra faço o eco que pretendemos.

Ah! E só mais uma coisa, de maior importância: Mesmo que se pinte um padrão de leopardo num cão, ele não deixa de ser um cão. Passa a ser um cão armado em leopardo. O mesmo quando uma pessoa sem piada tenta dizer uma piada. Passa a ser um político armado em engraçadinho. Normalmente dá mau resultado...

domingo, 16 de novembro de 2008

A blogosfera morreu, e a culpa é do Google!

A blogosfera está a morrer. Esta é uma tese defendida por muitos. E eu partilho essa opinião. Aquela fúria, aquele fogo que corria e varria os textos de lés a lés por todos esses blogs desapareceu. O que aconteceu? Numa palavras simples: Adsense!

E no início, reinavam as ideias...

Quem, como eu, conheceu a blogosfera de há 5 ou 6 anos sabe que ter um blog não era simples. Os bloggers esforçavam-se, pensavam e trabalhavam afincadamente em cada conteúdo que criavam. Era a transição da palavra escrita no papel para a palavra digital. Experimentava-se a liberdade de expressão em toda a sua extensão. Havia o pipi, e outros que se mantiveram mais ou menos no anonimato. Falava-se, dizia-se e até ofendia-se. Mas era assim. Simples e directo. As ideias acima de tudo. O conteúdo, por excelência líder pelo seu valor.

E depois, veio o Google...

Com a massificação dos blogs, principalmente pelo blogger.com, uma outra era se iniciou. A guerra era outra. A necessidade de produzir. Mais e mais. Ter "coisas" frescas sempre. Para que os leitores, ávidos de informação voltassem uma e outra vez. Por vezes 4 ou 5 vezes por dia. Tinhamos de produzir para as pessoas virem. Mais que isso, o grande search engine, Google, premiava a quantidade de informação. Os mais actualizados eram mais visitados pelo indexador chamado Google Bot. E mais blogs surgiram. E com isso chegou o plágio. A copia integral de conteúdos. Pessoas que estudavam as variações na tabela e o comportamento do Google Bot, criando técnicas para o "enganar". Era a época do Black Hat.

E depois, ganhava-se dinheiro...

A publicidade em blogs e diversas páginas fazia-se de forma directa. Eu, como anunciante, contactava o "dono" de um site e propunha "alugar" um espaço a troco de alguns euros ou dólares. Depois o Google apresentou o Adsense. E tornou-se o maior mediador de publicidade do mundo virtual. O "dono" do conteúdo não precisava de procurar quem estivesse interessado no seu site. Nem sequer precisava de ter muito conteúdo. Simplesmente criava-se um site, adicionava-se o código do Adsense e pronto. Iamos adicionando artigos, uns nossos mas a grande maioria copiados daqui ou dali (ou "reciclados"), e os anúncios apareciam como por magia.

E as técnicas de Black Hat tornavam-se cada vez mais agressivas à medida que o algoritmo do Google Bot tornava-se mais inteligente. E à medida que ia penalizando as técnicas de Black Hat, novas ia surgindo. E a Internet ficou saturada de tanta conteúdo reciclado, roubado, inútil ou simplesmente... parvo. A corrente do "ganhe dinheiro depressa" invadiu os espaços e por todo o lado surgem novos sacerdotes da fortuna da Internet. Inutilidades.

E agora, temos o vazio...

Agora, a blogosfera está vazia de mentalidade. Não há opiniões. Está canibalizada por barões do conteúdo reciclado que nada fazem para inverter a situação. Chegou a altura de esperarmos pela nova corrente. Pelo novo canal de informação. Será o Microblogging o futuro? Estas perguntas ainda demorarão algum tempo a ter resposta. Para já, a certeza fica: A Blogosfera está morta e a culpa é do Google!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O ser professor no Portugal de hoje.

Tive uma conversa longa com uma professora na qual tentei perceber porque é que alguém é professor. Esta professora tem ainda a particularidade de ser professora de uma coisa chamada Actividades de Enriquecimento Curricular, vulgo AEC. Basicamente são aulas de Inglês, Música, Actvidade Física e Movimento, Teatro e outras tantas disciplinas. Isto para o primeiro ciclo, isto é, para a miudagem da primária. concordo interamente com o princípio. Dotam as crianças de conhecimentos básicos de forma a estarem mais familiarizados com o processo de ensino, com o terem vários professores e até mesmo com a fatia mais básica dos conhecimentos.

Mas isto tem uma outra face: a dos professores. Primeiro são actividades, não aulas. Ou seja, os profissionais não são bem professores, mas dão aulas. Depois não podem ser contratados pela escola e não são contratados pelo ministério. Tem de haver uma "Entidade Promotora". Normalmente a Associação de pais, a Autarquia Local ou a Santa Casa da Misericórdia. Mas as respectivas Direcções Regionar de Ensino é que controlam as actividades. Ou seja, não contratam, não fazem a gestão do dia-a-dia, mas mandam. Basicamente podem colher os louros ou "dar na cabeça". Mas caso a coisa não corra bem, há a entidade promotora para escudar. Cheira um bocadinho mal, digo eu.

Depois, e da mesma forma, há os vínculos. Ou a asência deles. O recibo verde impera. Mas um professor das AEC não pode ter um horario completo, normal de professor. Não porque isso seria um falso recibo verde e, como todos sabemos, o Estado não pactua com essas coisas (enfim... sem comentários). Acabamos por ter pessoas, que são educadores e preparadores de crianças, em quem elas confiam o futuro, mas que não podem ter regalias. Acaba por haver casos de professores que estão em duas escolas, por vezes afastadas. fazendo umas horas aqui e outras ali, tentando completar o horario. Mas mesmo assim, tem de ser às escondidas porque, mais uma vez, a Direcção Regional não aprova.

Depois o pagamento. As entidades demoram a pagar mutias vezes. Muitas só pagam no fim do ano, todo o ano transacto. Aqui tenho de deixar uma nota em especial à Santa Casa da Misericórdia que, tanto quanto sei, paga direitinho a tempo e horas. Mas isso é excepção. Ouve-se de tudo. Mas no fim fica a minha pergunta: Porque raio estão estas pessoas a dar aulas? O que é que as faz levantar todos os dias e ir a um sítio onde são mal tratados e desconsiderados. Onde lhes querem dar ordens mas não querem assumir a responsabilidade da gestão de facto. Onde até têm medo de adoecer porque o próprio professor é que tem que arranjar um substituto para essa falta.

Afinal, o que é ser professor no Portugal de hoje? É minha opinião que é absoluta vocação. Se calhar equiparada à devoção que leva um homem a abandonar os prazeres da carne (em teoria pelo menos) e dedicar-se ao sacerdócio católico. Eu, sinceramente, não o consigo entender. Mas a verdade é que os professores existem e constituem uma franja profissional extensa. Será que alguém alguma vez terá coragem de olhar para esta classe e regula-la como ela merece?

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Sapo Codebits

E amanhã vai começar o codebits. A ansiedade mata-me. Estou desejoso por saber o que se vai passar por lá. Decerto que nos esperará um grande evento. Vi que existe uma montanha de equipamento disponível para testarmos e brincarmos. Vai ser bom, tenho a certeza.

Coisas que me irritam solenemente #2

Pessoas que não entendem uma piada, apesar de ela ser absolutamente óbvia.

O fenómeno #Anita (take 2)

Sinto-me na obrigação de explicar de onde vem todo este movimento sobre a #Anita.

Anita é um nome em Português de uma personagem de livros infantis chamada Martine. Esta personagem foi criada em 1923 por Gilbert Delahaye e ilustrado por Marcel Marlier. Os títulos desta obras invariávelmente começam pelo nome da personagem seguido de uma aventura. Títulos como "Anita dona de casa" ou "Anita perdo o seu cão", na versão portuguesa, claro.

Ora pegando nesta temática, os utilizadores Portugueses do Twitter decidiram começar a inventar nomes alternativos para obras da Anita. Títulos tais como "Anita arruma carros" ou "Anita sai da desintoxicação" surgiram numa alternativa.

Isto só por si não constituiria novidade. Mas a verdade é que todos começaram a falar da #Anita ao ponto de estar melhor cotado no Twitter que o próprio Obama. A comunidade Portuguesa chegou mesmo a causar períodos de descontinuidade do serviço. Tudo por causa da pobre #Anita.

O fenómeno #Anita




A #Anita tornou-se hoje num fenómeno do Twitter. Depois de Obama, depois do governo, a #Anita é o que de melhor se faz por cá. De chegar às lagrimas.

Algumas imagens para usar em blogs


Coisas que me irritam solenemente #1

Coisas que me irritam solenemente #1: Pessoas que se referem a elas na terceira pessoa...

Blogs e Twitter, será uma batalha?


Já ninguém pode ficar indiferente ao pardalito (também conhecido como Twitter). Muitas são as utilizações deste serviço. Os seus criadores, quando tiveram esta ideia, nunca imaginaram que iria ter o impacto que tem. E teve impactos a todos os níveis inclusive na linguagem onde foi criado: o Ruby.

O Ruby e o Ruby on Rails são considerados os "New Kids on the Block". Uma linguagem recente que tem vindo a ganhar adeptos por todo o mundo, a uma velocidade impressionante. O Twitter funciona um pouco como "showcase" desta linguagem. É, provavelmente, a aplicação mais difundida e mais falada das novas aplicações de Ruby.


Mas agora, coloca-se a grande questão: Qual será o futuro deste serviço?

Muitos apontam-no como o fim do blogging tal como o conhecemos. E de certa forma é. Na minha opinião, é apenas o fim do blogging distanciado. Onde o blogger é alguém que desconhecemos. Está algures numa cave protegido por uma agência secreta que nem sigla tem. E de vez em quando regurgita pérolas de saber que todos correm para ler e saborear (que imagem horrível.. adiante...).

O Twitter traz o blogger para o contacto directo com os leitores. Ele está ali, de facto, lançando pequenas mensagens de 140 caracteres. Responde directamente a contactos, provocações e até a pedidos de orçamento para trabalho. Muitos são os negócios que se assentam no Twitter para florescer. Opiniões passam, questões discutem-se, por todos. Desde o mais comum e banal dos mortais até ao dono da empresa mais poderosa. O Twitter serve como porta de entrada para todas estas opiniões. Desde as mais simples e disparatadas até às mais complexas. Serve de porta de entrada para os bloggers. Para anunciarem quando há posts novos nos seus projectos. Até já vi uma cantina de uma universidade usar o Twitter para anunciar o que são os pratos dos dias diariamente.

Este serviço é o complemento que se procurava e que faltava à blogosfera. A componente de "tempo-real" que estava a fazer tanta falta. Agora, para muitos, utilizar e publicar a sua conta de Twitter é um acto de coragem. De publicamente dizerem que estão ali, naquele espaço, prontos a receberem questões directas. E, acima de tudo, que estão prontos a responder. Ou então, fica a prova provada que não têm essa coragem. Que apenas versejam opiniões quando têm a "rede de segurança" e que podem ler e reler antes de publicarem. Para que nada saia em falso. Para nunca se porem em cheque.

O Twitter, de novo na minha opinião, fica a funcionar como uma peneira. Algo que poderá ser usado para separar uns, dos outros. Talvez não em Portugal, que somos demasiado levados pela vaidade, pelo nome, pela exposição glamorosa. Mas no mundo já se sente isso. E, provavelmente, cá será apenas uma questão de tempo. Seja qual for o desfecho, o panorama da rede nunca mais será o mesmo a partir de agora.

Ministra "ovacionada" em Fafe

Cada vez gosto mais dos Portugueses. Estamos finalmente a acordar. A perceber que afinal sermos um "povo de brandos costumes" não nos resolve os problemas. Até pelo contrário, adia-os até ao limite que não têm solução. Em que deixam de ser problemas.

Problema - por definição problema é algo que tem solução. Quando não tem solução deixa de ser um problema e passa a ser um facto.

Mas começa finalmente a acontecerem coisas que nos mostram que afinal o caminho é mais ao lado. Se não mesmo na direcção oposta. Desta feita foi vez dos alunos (e aposto que incentivados por alguns professores) mostrarem todo o seu apreço pela Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues. Ao chegar ao pacato município de Fafe, a Ministra foi recebida com uma literal Ovação. Isto é, choveram ovos às centenas em cima dos carros da comitiva.

Estavam mobilizados dezenas de efectivos da Guarda Nacional Republicana de Fafe e imediações, mas mesmo assim não conseguiram demobilizar a multidão que por ali se tinha juntado. Veio de quem mais nos tem para ensinar, as crianças e o professores, uma lição que bem podemos aceitar. Por vezes, é preciso partir a louça e atirar uns ovos para que a nossa voz se faça ouvir. Se calhar, o envolvimento do povo Americano nas últimas eleições nos tenha dado uma ideia que afinal, se nos juntarmos e se remarmos todos para o mesmo lado, as coisas acontecem.

Mas é importanto que se dê o primeiro passo. A multidão funciona por osmose. Pelo que o próximo está a fazer. É necessário que o próximo esteja a fazer alguma coisa.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Por favor, nacionalizem-me!

Muito se tem falado nos passados dias, sobre a nacionalização do BPN. Acho que ninguém nesta fase ignora o que se passa, ou pelo menos já ouviu falar sobre o assunto.

Até que a ideia me fustigou o cérebro com toda a força: Vou propôr ao Estado que me nacionalize!

Seria perfeito. Poderiamos fazer assim um entendimento bipartido. O estado saldava-me as minhas dívidas e tornava-se o proprietário de todos os meus bens. Depois, nomeava-me gestor dos bens e pagava-me um vencimento para manter tudo em boas condições e até ampliar o espólio. Eu seria assim uma espécie de zelador.

Mas depois lembrei-me de uma coisa. As minhas dívidas todas combinadas não chegam sequer para pagar uma "viagem de estudo" do primeiro minitro ao David da Buraca quanto mais. É que para se ser salvo neste país, temos de dever milhares ou até mesmo milhões. Menos que isso olham para nós com pena. "Tadito... tem a mania que sabe fazer dívidas... amador...".

Mas pronto, até poderia ser uma boa idea, ou então não. Deixa cá fumar mais um cigarrito.