Já ninguém pode ficar indiferente ao pardalito (também conhecido como Twitter). Muitas são as utilizações deste serviço. Os seus criadores, quando tiveram esta ideia, nunca imaginaram que iria ter o impacto que tem. E teve impactos a todos os níveis inclusive na linguagem onde foi criado: o Ruby.
O Ruby e o Ruby on Rails são considerados os "New Kids on the Block". Uma linguagem recente que tem vindo a ganhar adeptos por todo o mundo, a uma velocidade impressionante. O Twitter funciona um pouco como "showcase" desta linguagem. É, provavelmente, a aplicação mais difundida e mais falada das novas aplicações de Ruby.
Mas agora, coloca-se a grande questão: Qual será o futuro deste serviço?
Muitos apontam-no como o fim do blogging tal como o conhecemos. E de certa forma é. Na minha opinião, é apenas o fim do blogging distanciado. Onde o blogger é alguém que desconhecemos. Está algures numa cave protegido por uma agência secreta que nem sigla tem. E de vez em quando regurgita pérolas de saber que todos correm para ler e saborear (que imagem horrível.. adiante...).
O Twitter traz o blogger para o contacto directo com os leitores. Ele está ali, de facto, lançando pequenas mensagens de 140 caracteres. Responde directamente a contactos, provocações e até a pedidos de orçamento para trabalho. Muitos são os negócios que se assentam no Twitter para florescer. Opiniões passam, questões discutem-se, por todos. Desde o mais comum e banal dos mortais até ao dono da empresa mais poderosa. O Twitter serve como porta de entrada para todas estas opiniões. Desde as mais simples e disparatadas até às mais complexas. Serve de porta de entrada para os bloggers. Para anunciarem quando há posts novos nos seus projectos. Até já vi uma cantina de uma universidade usar o Twitter para anunciar o que são os pratos dos dias diariamente.
Este serviço é o complemento que se procurava e que faltava à blogosfera. A componente de "tempo-real" que estava a fazer tanta falta. Agora, para muitos, utilizar e publicar a sua conta de Twitter é um acto de coragem. De publicamente dizerem que estão ali, naquele espaço, prontos a receberem questões directas. E, acima de tudo, que estão prontos a responder. Ou então, fica a prova provada que não têm essa coragem. Que apenas versejam opiniões quando têm a "rede de segurança" e que podem ler e reler antes de publicarem. Para que nada saia em falso. Para nunca se porem em cheque.
O Twitter, de novo na minha opinião, fica a funcionar como uma peneira. Algo que poderá ser usado para separar uns, dos outros. Talvez não em Portugal, que somos demasiado levados pela vaidade, pelo nome, pela exposição glamorosa. Mas no mundo já se sente isso. E, provavelmente, cá será apenas uma questão de tempo. Seja qual for o desfecho, o panorama da rede nunca mais será o mesmo a partir de agora.
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